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Matéria Capa - Natal

Natal: a festa cristã com raízes pagãs

Uma das mais importantes datas do cristianismo, o Natal consolidou-se a partir do século IV

 

O Natal e as festas de fim de ano são as datas em que inúmeras pessoas voltam-se para a reflexão, fazendo um balanço do ano que finda e pensando em projetos para os 365 dias que estão chegando.

Mas o Natal, tal como o conhecemos hoje, tornou-se festa cristã cerca de 400 anos depois de Cristo, com a consolidação do Cristianismo. Porém, a origem do Natal é mais antiga e está relacionada às festividades pagãs que alguns povos realizavam, seja para celebrar a boa colheita, seja para aplacar a ira de deuses.

Desde a antiguidade, o final de um ano é a época de festividades, quando o homem comemora o fim de um ciclo e o início de nova etapa (ou estação do ano). É, portanto, um período em que se renovam a fé e a esperança em tempos melhores, tempos de paz, saúde, fartura e tolerância.

Independente de religião (ou até mesmo quem nela não acredita), esta é a época em que as pessoas tornam-se mais emotivas e, por vezes, tentam consertar erros cometidos, ao longo do ano. Seja por qual motivo for, o Natal é a época em que se busca a paz.

Pausa na guerra

Em uma época em que acompanhamos, em tempo real, várias guerras que ocorrem no mundo (Ucrânia, Faixa de Gaza, Iêmen, Sudão, só para citar algumas), parece até utópico pensar que, há mais de 100 anos, combatentes europeus da Primeira Guerra Mundial (1914-1918), realizaram vários breves cessar-fogo, não oficiais, conhecidos como “Trégua de Natal”. Soldados franceses, belgas, alemães e britânicos, nas trincheiras, atravessaram o campo inimigo para trocar cumprimentos e conversar. Em algumas áreas, homens de ambos os lados misturaram-se e trocaram comidas e lembranças.

Houve cerimônias conjuntas de troca e enterro de prisioneiros, e muitos encontros terminaram com canto de canções natalinas e até jogos de futebol entre adversários. Em alguns setores, a trégua durou até o Ano Novo. Em 1915 e 1916, uma trégua também ocorreu na Páscoa, na Frente Oriental. O comportamento pacífico, contudo, não foi geral; os combates continuaram em alguns setores, enquanto em outros os lados estabeleceram uma trégua somente para recuperar corpos dos soldados mortos.

Na primeira trégua, em dezembro de 1914, a guerra estava praticamente estacionada em duas frentes entrincheiradas. As tropas da Frente Ocidental (franceses, belgas e britânicos) estavam exaustas e em choque com a extensão da perda de vidas que tinham sofrido, desde agosto. No início da manhã de 25 de dezembro, os soldados que ocupavam as trincheiras ao redor da cidade belga de Ypres ouviram canções de Natal vindas de posições inimigas. Colocaram a cabeça para fora das trincheiras e viram que árvores de Natal foram colocadas ao longo das trincheiras alemãs. Lentamente, colunas de soldados alemães emergiram de suas trincheiras e avançaram para o meio da “terra de ninguém” [nome como era chamada a terra entre duas fronteiras]. Os alemães chamaram os britânicos para juntarem-se a eles. As duas frentes de soldados encontraram-se no meio da paisagem devastada por bombas, trocaram presentes, conversaram e jogaram futebol, na manhã seguinte. Um cantor de ópera alemão, o tenor Walter Kirchhoff, na época um oficial, cantou uma canção de Natal e foi muito aplaudido pela plateia militar. Tréguas voluntárias ocorreram em outros locais, mas foram proibidas pelas autoridades militares.

A documentação desses eventos ficou, por muito tempo, censurada e muitas fotos foram destruídas. A mídia francesa e a alemã da época silenciaram sobre essas confraternizações. Apenas o jornal britânico Daily Mirror publicou um artigo a respeito, em 8 de janeiro de 1915. Hoje, porém, depoimentos de soldados franceses que confraternizaram com soldados alemães estão disponíveis nos arquivos históricos, tornando públicas essas tréguas, que eram tabus, na época. Entre as tropas russas, a confraternização entre soldados e trabalhadores teve consequências mais graves: ela contribuiu para a disseminação das ideias bolcheviques entre os soldados e estimulou a saída da Rússia da guerra, o que ocorreu em 1917.

Fonte: site ensinahistoria.com.br

Ao ler uma história como essa, fica a impressão que, há 100 anos, o mundo era mais civilizado, não é mesmo? Será que as guerras, atualmente em curso, vão fazer também uma trégua? Vamos aguardar!

História do Natal

Muito além da troca de presentes, o Natal é uma comemoração que pode parar uma guerra mundial, como vimos acima. Para cristão de todo o mundo, o Natal, dia 25 de dezembro, comemora o nascimento de Jesus Cristo, a figura mais importante do Cristianismo. Por esse motivo, para os cristãos, trata-se de uma das principais datas comemorativas, ao lado da Páscoa, quando se celebra a ressurreição de Jesus.

O dia de Natal é feriado religioso em muitos locais do mundo. O chamado ciclo do Natal é celebrado durante doze dias, que compreendem o dia 25 de dezembro até o dia 6 de janeiro. Esse período está relacionado ao tempo em que os três reis magos, Baltazar, Gaspar e Melchior, levaram para chegar a Belém, cidade onde nasceu Jesus.

Origem

O Natal teve origem em festas pagãs realizadas, na antiguidade. Nessa data, os romanos celebravam a chegada do inverno (solstício de inverno). Eles cultuavam o Deus Sol (natalis invicti Solis), e ainda realizavam dias de festividades, com o intuito de renovação. Outros povos da antiguidade também celebravam a data, seja pela chegada do inverno seja pela passagem do tempo.

É o caso dos mesopotâmicos, que celebravam o “Zagmuk”, uma festa pagã em que um homem era escolhido para ser sacrificado. Isso porque eles acreditavam que, no final do ano, alguns monstros despertavam. A partir do século IV, com a consolidação do Cristianismo, a festividade foi oficializada como Natale Domini (Natal do Senhor). Como não se sabe ao certo o dia em que Jesus nasceu, essa foi uma forma de cristianizar as festas pagãs romanas, dando-lhes nova simbologia. O termo Natal tem origem na palavra do latim “natalis” que, por sua vez, é derivada do verbo nascer (nāscor). A escolha da data foi determinada pelo Papa Julius I (337-352) e, mais tarde, foi declarada feriado nacional pelo Imperador Justiniano, em 529. Deste modo, sem estar associada à sua origem, o Natal passou a ser comemorado, em muitos países.

Símbolos do Natal: como surgiram?

Com o Natal, surgem vários sinais representativos dessa comemoração festiva, cada qual com um significado distinto, e com origem pagã ou religiosa. Quando falamos no nascimento de Jesus, a representação mais presente na nossa cabeça é o presépio; afinal, ele retrata o cenário em que o Menino nasceu. E aí, de forma conjunta ou isolada, conhecemos os elementos que nele figuram: a sagrada família, composta por Jesus, José e Maria, os três reis magos, o anjo e a estrela.

Presépio

O primeiro presépio foi montado por São Francisco de Assis, no século XIII, na Itália. O objetivo era recriar a cena do nascimento de Jesus, para explicar para o povo como teria acontecido. Depois, cada vez mais a montagem do presépio tornou-se uma tradição forte, e ele passou a ser montado nas casas, nas igrejas e em diversos locais, durante o ciclo do Natal. O presépio simboliza a união do divino com o terreno; afinal, reúne pessoas, animais e a figura de Deus.

Ainda no campo religioso, os bonitos anjos usados na decoração do Natal remetem a São Gabriel, o anjo que teria anunciado a Maria que ela seria a mãe de Jesus.

Os três Reis Magos são os magos que foram à procura de Jesus para adorá-lo e levar-lhe presentes. Aí está mais um fator religioso ao lado do costume de dar presentes no Natal, o que faz aumentar o furor do comércio, nessa época do ano. E as estrelas no topo das árvores de Natal são justamente o sinal seguido pelos reis magos, para encontrar o lugar onde Jesus tinha nascido.

Árvore de Natal

A árvore de Natal é um dos símbolos mais emblemáticos da festa. Nem todo mundo monta o presépio, mas a árvore, muita gente tem. A tradição de montá-la, numa proposta religiosa, é mais recente. Foi Martinho Lutero, a principal figura da Reforma Protestante, quem montou a primeira árvore em casa.

Antes de Lutero, as pessoas já usavam árvores enfeitadas para comemorar a chegada do inverno. É justamente por isso que não se trata de uma árvore qualquer, mas um pinheiro, porque essa árvore é a que mais resiste aos invernos rigorosos. Ela é, portanto, símbolo de esperança e paz, assim como Jesus o é para os cristãos. Montada próximo da data festiva, a árvore é desmontada no Dia de Reis, em 6 de janeiro.

Papai Noel

O bom velhinho é o personagem mais importante da festa. A figura do Papai Noel é inspirada em um bispo turco chamado São Nicolau. Ele costumava deixar moedas próximas às chaminés das pessoas mais necessitadas. É por isso que ele representa a generosidade que acaba invadindo os corações, na época natalina. Com o tempo, e através de campanhas publicitárias, São Nicolau tornou-se popular e deu lugar ao aspecto que hoje conhecemos do Papai Noel, que, em vez de moedas, deixa presentes às crianças que se portam bem, ao longo do ano.

E para finalizar, vamos à ceia!

A sua origem vem da Europa, onde as pessoas costumavam deixar a porta das suas casas abertas para receber viajantes. Ela simboliza a união e a confraternização das famílias. Assim, na véspera de Natal, os familiares reúnem-se à mesa para a tradicional ceia de Natal. Na cultura brasileira, é comum haver o peru de Natal, as frutas secas e o panetone.

Fonte: site Toda Matéria

Vila de Natal

A comemoração de Nata em Itapetininga terá, entre os dias 2 e 23 deste mês, o projeto chamado Natal Encantado, que acontecerá na avenida Peixoto Gomide e Praça Siqueira Campos (área central da cidade), das 15 às 23 horas.

O evento terá a participação de artesãos, expondo seus trabalhos na Vila de Natal e na Feira de Natal.

Tatuí

O município preparou uma grande programação para festejar o Natal, com muita música e com a venda de doces típicos. As festividades acontecem na praça Matinho Guedes.

Segundo a Secretaria de Esporte, Cultura, Turismo e Lazer do município, entre as novidades deste ano, está a participação da APRODOCE, associação que reúne produtores locais de doces. Outra mudança destacada é a mudança do palco das apresentações musicais para a praça Martinho Guedes. Também está programado um show de luzes.

Segundo a secretaria, 22 doceiros estarão no Espaço do Doce, apresentando receitas de guloseimas natalinas. É pra ficar com água na boca.

A secretaria destaca que esta é “uma oportunidade não apenas de provar, mas de fortalecer a rica tradição dos doces tatuianos, impulsionando a economia local”. Veja abaixo um pouco mais da programação.

Natal Musical na Praça da Santa

Com o tema “Doce Natal”, a Praça da Santa será palco, no dia 1º de dezembro às 19h, da abertura oficial das festividades. Sob a batuta da Orquestra Sinfônica de Tatuí – OST, da Associação Semear, o evento promete ser um espetáculo de luz e som, marcando o acendimento das luzes do icônico Pinheirão Encantado, a chegada da Família Noel e a abertura da Casa do Bom Velhinho.

Magia pela Cidade

O Pinheirão Encantado, símbolo natalino desde 1910, com suas 1.300 lâmpadas de LED, brilhará diariamente até 23 de dezembro, sempre às 19h. Além disso, a Praça da Santa transformar-se-á em uma encantadora Vila de Natal, promovendo o turismo e estimulando o comércio local.

Música e encanto

A Praça da Santa também abrigará o “Natal Musical” até 23 de dezembro, com apresentações diárias às 19h. O destaque vai para a diversidade musical, trazendo desde corais até bandas locais, proporcionando entretenimento para todos os gostos.

Caravanas e Atividades nos Bairros

Três caravanas natalinas percorrerão as ruas de Tatuí em dezembro, culminando com a tradicional Caravana da Coca-Cola, em 17/12. Os bairros adjacentes também unem-se às celebrações, como o “Natal nos Bairros” nos fins de semana, oferecendo atividades e diversão para toda a família.

O município também programou uma série de atrações, entre elas: o Trem da Alegria na Praça da Santa, o Bazar de Natal do FUSSTAT, a Feira de Artesanato na Praça da Matriz e a Casa do Papai Noel da ACE, reforçando o espírito natalino em toda a cidade. A iniciativa conta com o apoio de empresas locais.

Paz e bem

A Hadar ouviu empresários, profissionais liberais e jornalistas sobre as expectativas para o Natal e Ano Novo. Entre os pedidos mais comuns ao Papai Noel, destaque para o desejo de paz e estabilidade mundial.

“Eu espero que o Natal e o Ano Novo despertem bons sentimentos em todos os homens. Mais do que presentes, precisamos de tolerância, bom senso e paz, em nosso país e no mundo. Acredito que enfrentaremos dificuldades, no próximo ano, mas tenho esperança de que as coisas melhorem para todos”, afirmou o jornalista Marco Vieira de Moraes, de 58 anos. “Se encontrasse Papai Noel, eu pediria para ele paz e saúde para todos”, completou Moraes.

“Eu espero que haja estabilidade política e econômica, em nosso país e no mundo. E que as guerras cessem”, comentou, por sua vez, o jornalista Everton Dias.

Sem excessos

O engenheiro Cláudio Elmec, de 64 anos, espera “ter uma noite tranquila, sem excessos, já que devemos elevar nossos pensamentos e refletir sobre o significado desta data; em relação a 2024, que seja no mínimo igual a 2023, quando conseguimos realizar muitos projetos, seja na vida pessoal, seja na de trabalho”.

Elmec afirma que “seria um sonho” encontrar Papai Noel. “Eu ia pedir se ele conseguiria O “Milagre” de acabar com todas as guerras deste Mundo”, disse o engenheiro.

Um empresário paulistano, que preferiu não se identificar, afirmou ter desejos bem mais modestos, como “emagrecer e malhar para esculpir a barriga tanquinho”.

Seja qual for seu desejo ou projeto para 2024, nós, da Hadar, desejamos que os seus sonhos realizem-se. Bom Natal e Feliz Ano Novo a todos!

 

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