Velocidade - Honda CR-V

Novo Honda CR-V

Modelo híbrido chega, importado da Tailândia

 

Com mais de 200 cv e espaço para cinco pessoas, o Honda CR-V é a nova proposta da montadora japonesa para modelo global, e chega ao Brasil pela bagatela de R$ 352.900,00. O preço restritivo não parece incomodar a Honda, que projeta vendas entre 150 e 200 unidades/mês.

É importante ressaltar que o CR-V não é o SUV do Honda Civic, como muitos acreditam. Na verdade, o utilitário esportivo do sedã japonês é o ZRV. São tantas siglas e letras que o leitor pode pensar que está lendo certa sopa de letrinhas, não é mesmo? Por isso, vamos nos concentrar no CR-V, que chega maior e mais encorpado (agora são 4,7m de comprimento e 2,7m de entre eixos), sendo um pouco menor do que o Jeep Commander.

O CR-V possui boa qualidade mecânica e de construção, boa tecnologia embarcada. Este SUV possui a grade dianteira em preto, com faróis full LED e pequenos faróis auxiliares no para-choques, evidenciando a tendência da montadora pela discrição, visando um público-alvo específico. O logotipo da marca na grade é em baixo relevo, e serve para acomodar diversos sensores, que ajudam na condução do veículo.

Os faróis dianteiros têm o formato que lembra uma lâmina; o capô passou por uma reestilização e está mais proeminente, com formas mais quadradas. O mesmo acontece na grade dianteira, uma tendência que está no Civic e também no Honda Accord, que passou por recente reestilização.

Ao contrário de outras marcas, que optaram por modelos mais chamativos, os japoneses decidiram ir por um caminho oposto; eles entenderam que há espaço para quem quer mais discrição e o CR-V combina com ela.

Na traseira, as lanternas lembram o Volvo XC 60 e as ponteiras de escapamento cromadas dão o toque de ousadia, saindo um pouco da sobriedade do veículo. Nessa nova geração, importada da Tailândia, o porta-malas possui 581 litros de capacidade. Além disso, os bancos traseiros movimentam-se sobre trilhos, podem aproximar-se ou distanciar-se do banco do motorista, possibilitando que a pessoa recline o banco para viajar com mais conforto. Os bancos também podem ser rebatidos de várias maneiras, aumentando o espaço do porta-malas. Mesmo pessoas com mais de 1,80m viajam confortavelmente no banco traseiro. No console, há saídas de ar-condicionado e entradas USB.

O carro possui um bom vão livre entre a roda e o para-lama, ideal para enfrentar as ruas brasileiras. O CR-V usa um sistema de propulsão com três motores, sendo dois elétricos e um à combustão 2.0. Esse sistema deve ser adotado também no Civic e Accord.

Um dos motores elétricos só gera energia e o outro movimenta o carro; o motor 2.0 com injeção direta de combustível pode ser usado tanto para gerar energia, quanto para tracionar o veículo. Sim, é um sistema meio complicado de entender. Mas a Honda instalou um computador sensível, justamente para analisar todas essas possibilidades, todas essas combinações de fluxos energéticos e gerar o melhor desempenho possível.

Todo esse conjunto gera 207 cavalos de potência e 34,2 kg de torque, com tração integral. Quanto ao consumo, este SUV deixa a desejar. Ele faz 14,8 km/litro na cidade, enquanto o Honda Civic faz 22,5 km/l. A diferença pode ser explicada pelos 400kg a mais do CR-V e o formato da carroceria.

Enfim, a Honda está apostando em um nicho de mercado específico. Como já foi dito, a montadora espera vender até 200 unidades por mês deste SUV. Resta saber se a aposta é certa ou se pode até surpreender, caindo no gosto dos brasileiros.

 

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