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Política - Urnas

O recado das urnas nas eleições municipais

Extremismo perde espaço

 

O resultado das eleições municipais, deste ano, aponta para um arrefecimento da temperatura política, no país. E isto se pode acentuar ainda mais, no futuro. Um tema comum, nos discursos pós-eleições, entre a maioria dos eleitos, é que as diferenças devem ser deixadas de lado e que a união deve dar o tom, nos próximos anos.

Partidos de centro-direita foram os grandes vencedores do pleito, e também entre eles, o assunto gira em torno de apaziguar os ânimos políticos no país e cicatrizar feridas abertas nos últimos anos, principalmente no período de campanha eleitoral.

O extremismo, tanto de direita quanto de esquerda, recebeu um claro recado da população através do voto, que é a maneira mais democrática e civilizada da sociedade demonstrar sua satisfação ou insatisfação para com aqueles que recebem, desta sociedade, autorização para administrar o bem público.

A democracia brasileira, embora tenha sofrido com fortes ventos extremistas, demonstrou força e estabilidade, e certamente sairá mais forte e amadurecida das eleições de 2024.

Chama atenção, também, o elevado número de abstenções, o que sinaliza que parte da sociedade está descrente da classe política. E não é para menos, pois o que temos visto, nos últimos anos, são alguns setores da política mais preocupados em manter ou criar benefícios, além de brigar ideologicamente, do que resolver questões sérias para o país. Fica também a lição para aqueles que querem impor sua vontade e sua visão de mundo a todo o custo a um país inteiro, ignorando que a sociedade brasileira é cada vez mais plural e diversificada e que os segmentos dessa sociedade têm o direito de serem representados politicamente.

O povo brasileiro demonstrou, mais uma vez, que é um povo pacífico, e, em sua maioria, não simpatiza com qualquer tipo de extremismo político e ideológico. Ficou claramente exposto também que, embora as redes sociais possuam uma força inegável, a verdadeira força está na vida real, no dia a dia, e nos problemas cotidianos que afetam milhões de pessoas, em todo o país. Problemas que o discurso de ódio jamais poderá resolver.

 

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