Momento Literario
Que a lua não acenda sua luz,
Que as estrelas não brilhem no infinito.
Minha alma padece, a dor reluz,
Soa, no céu, meu triste e amargo grito.
O amor foi-se... o tormento, eu o transpus
Nas garras do infortúnio. Meu aflito
Coração açoitado, já traduz
O dissabor. Teu belo olhar eu fito.
Seguras minhas mãos, doce carinho;
A mais bela afeição ficou perdida.
Silenciosa, só, sigo o meu caminho.
Lágrimas correm destes olhos meus...
Vivi sonhos, venturas, nesta vida.
Do amor, restou somente um breve adeus.
Maria do Carmo Marques Ramos (Carminha)
Quero morrer d’amores
Quero morrer d’amores em teus braços...
Voejar pelo infinito deslumbrante,
Às voltas d’um Universo exuberante,
Brilhante e etéreo amor, em teus abraços.
Vislumbro o colorido dos teus cachos,
Ao ver lindas madeixas — tão brilhantes...
E inspiro teu perfume estonteante...
D’amores no teu peito, e em teus regaços!
Desnudo no teu corpo esplendoroso,
Arrepiado e rubro — de desejos...
Fazendo amor contigo — tão gostoso!
E fico extasiado —, em infindos beijos...
Sobre teu corpo nu... Mui deleitoso... —
Às voltas de minh’alma, em teus lampejos!
Paulo Costa (Pacco)
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