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Especial

197 anos da nossa Tatuí

“Era tanta Ternura que virou Doce” - como expressou carinhosamente a escritora tatuiana Cristina Siqueira

 

Neste mês, Tatuí completa 197 anos; não poderíamos deixar de homenagear a cidade que acolheu o nosso lar. E assim, como em nosso DNA, que carrega características próprias de cada indivíduo, Tatuí carrega algumas que são parte, apenas, de sua história. Se questionarmos as pessoas sobre o que Tatuí tem de tão especial, várias memórias afetivas serão ativadas. Fizemos esse exercício e o que mais se destacou foi a arte da literatura, da música, e da gastronomia.

Tatuí é palco de inúmeras memórias, incluindo de personalidades que fizeram nome e história. Entre elas, a do consagrado escritor Paulo Setúbal, terceiro ocupante da 31ª cadeira da Academia Brasileira de Letras, é quem dá o nome a “Semana Paulo Setúbal”, este ano em 81ª edição, que oferece uma semana de programação cultural em homenagens ao aniversário da Cidade Ternura, comemorado no dia 11 de agosto.

“Cidade Ternura” foi carinhosamente apelidada pelo casal autor do Hino a Tatuí, Maria Ruth Luz, que compôs a música e o seu marido, Paulo Cerqueira, escreveu a letra, no ano de 1961. No hino, o casal expressou o carinho e a ternura que sentiram ao serem recepcionados por cidadãos tatuianos, quando se instalaram em nossa cidade, tão calorosa e receptiva. Logo, em 1964, recebeu o título oficial de “Tatuí, Cidade Ternura”. Hoje, também e reconhecida como “Capital da Música”, por sua forte expressão cultural e musical, abrigando o maior Conservatório Dramático e Musical da América Latina.

Com a intensificação da expressão cultural, a cidade inspira artistas em todas as áreas. Além da música, na dramaturgia há o exemplo da atriz Vera Holtz, que representa brilhantemente a nossa cidade. Da mesma forma, na literatura, destacamos Cristina Siqueira, mãe, avó, escritora, professora e design de interiores. Uma mulher de multitalentos, além do seu tempo.

Atenciosamente, Cristina recebeu a nossa redação em seu Ateliê, um loft lindo, digno de ser capa de revista, decorado por ela mesma. O entusiasmo e o amor visíveis de Cristina pela Cidade Ternura transbordam do peito e refletem-se em suas criações, em diversos projetos. Um deles e o mais recente, tomado como exemplo: “Era tanta ternura que virou doce”; uma homenagem a mais uma peculiaridade da nossa cidade, que hoje é considerada, através do projeto de Lei nº 383, de 2021, como “Terra dos Doces Caseiros" no Estado de São Paulo.

O objetivo da Cristina, com esse projeto, foi resgatar a história do doce e a relação com a cidade, apresentando os bastidores de como tudo começou, desde as primeiras doceiras (que teve início em 1952, quando a moradora da cidade, Belarmina de Campos Oliveira, começou a produzir os tradicionais doces ABC - Abóbora; Batata-doce e Cidra), em sua própria residência, sem qualquer preocupação ou pretensão comercial), e o que as impulsionaram, expressos através de poesias eternizadas em azulejos de cerâmica, outro destaque do desenvolvimento econômico da nossa cidade; pois Tatuí é considerada um dos maiores polos do setor ceramista no país. As poesias estão expostas em lugares estratégicos de Tatuí, tornando-se cenários para fotos e selfies, assim como o projeto “Livro de Rua”, compartilhado em vários pontos da cidade, em muros e murais. Segundo Cristina, a poesia é a forma mais sofisticada de expressar os sentimentos, e ela a realiza brilhantemente, em sua arte.

Com tantos títulos especiais, Tatuí realmente é um lugar de encantos, e como um livro ainda em desenvolvimento, inúmeras páginas ainda estão sendo escritas, por mim e por você! O futuro a Deus pertence, mas quem escreve a nossa história, somos nós! Vamos caprichar para um futuro ainda mais bonito!

Eu, Bernadete do Carmo Camargo Elmec, editora da Revista Hadar, sinto-me imensamente grata em poder, através desta página, expressar com palavras vindas diretamente do meu coração, o quão grata sou ao povo tatuiano.

Tatuí, Cidade Ternura, foi o lar que me recebeu de braços abertos, em 1996, quando aqui cheguei, em busca de novos horizontes e oportunidades. Desde então, tenho testemunhado o quanto este lugar acolhedor transformou-me, ensinou-me, deu-me oportunidade para eu construir uma linda história e fez de mim parte integrante desta comunidade afetuosa.

Nessa jornada de encontros e descobertas, tive a honra de cruzar o caminho da brilhante escritora, poetisa, designer de interiores e mulher inspiradora, Cristina Siqueira. Sua casa, um verdadeiro refúgio de ternura e doçura, reflete a essência da pessoa encantadora que ela é. Suas palavras, suas histórias e sua presença carismática têm o poder de cativar a todos que têm o privilégio de conhecê-la.

Ao entrevistá-la para a revista Hadar, nossa equipe foi agraciada com momentos de aprendizado e sabedoria, proporcionados por essa tatuiana de coração vibrante. Foi uma experiência inspiradora, que nos motivou a estabelecer uma conexão indissociável entre a imagem da querida Cristina Siqueira e a nossa amada Tatuí.

Assim como essa cidade me acolheu há anos, ainda hoje ela continua a me envolver com sua atmosfera inspirada, suas ruas cheias de histórias e a generosidade de seu povo.

E é exatamente essa sensação de acolhimento que encontramos também em cada palavra, cada atitude e cada gesto de Cristina.

Seu mais novo projeto “Era tanta Ternura que virou Doce “foi um prêmio - incentivo por ter participado do Concurso “Segundo Edital de Arte e Cultura de Tatuí, “sob a chancela da Secretaria de Esporte, Cultura, Turismo, Lazer e Juventude da Prefeitura de Tatuí.

O produto desta primeira fase do projeto pode ser visto em vídeo, no Canal do YouTube do Museu Paulo Setúbal.

“Era tanta ternura que virou doce “traça um retrato histórico e poético, direcionado a criar um conceito e resgatar a memória dos que vivem do comércio e doces, na cidade. Através dele, Cristina revela sua alma gentil, que encanta a todos com sua escrita e suas criações em murais de azulejos com poemas por ela assinados.

Estes murais contam com o apoio da Cerâmica e Revestimentos Strufaldi e podem ser apreciados em alguns pontos comerciais: no Pingo Doce, na Clara & Cia, na Sorveteria Palácio.

Cristina pretende expandir este trabalho e gostaria de ter um mural em cada ponto comercial que tem como produto sorvetes, doces caseiros, doces de padaria, doces de alambique, doces de milho, balas de coco, doces finos, doces artesanais.

O projeto “Era tanta ternura que virou doce “é sucesso e tem lista de espera para ser produzido por ela e sua equipe.

Cristina Siqueira, um verdadeiro “mulherão”, exemplo vivo do que é ser humano, do que é ter amor à terra e, pelo seu trabalho, representar as mulheres de um Brasil que cria e constrói e, através de sua lírica, confirmamos a identidade sensível, orgânica e viva de Tatuí, terra que acolhe e serve à mesa com doçura.

Portanto, neste momento de gratidão e reconhecimento, eu faço um brinde à Cidade Ternura e à pessoa extraordinária que é Cristina Siqueira.

Que Tatuí e todos os que têm a sorte de cruzar seu caminho continuem sendo agraciados pela doçura de seu coração e pela sabedoria de suas palavras.

Que este vínculo entre cidade e pessoa, entre passado e presente, mais se fortaleça e inspire todos a enxergar a BELEZA e a TERNURA que estão presentes em cada canto deste lugar acolhedor.

Com todo carinho e gratidão. Um brinde à arte! Um brinde à vida! Um brinde a Tatuí!

 

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