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Política

É preciso dizer NÃO ao extremismo e à barbárie

Liberdade de expressão não é liberdade para agressão

 

O episódio da agressão ao ministro Alexandre de Moraes e sua família, no Aeroporto Internacional de Roma traz, mais uma vez, ao centro do debate, a questão da liberdade de expressão e da crítica, que sempre devem ser feitas dentro do limite do civilizado.

Quando a crítica parte para palavras de baixo calão, ameaças e até agressão física, certamente já ultrapassou – e demais – a linha do bom senso. Os extremistas querem fazer valer suas opiniões e pontos de vista na base da coerção, da ofensa e da ameaça. Como não possuem argumentos válidos, querem vencê-las no grito. Não há nada que agregue valor às agressões e ameaças.

Vale destacar que este comportamento agressivo vem de pessoas que pertencem à parcela mais favorecida da população (quantos brasileiros têm condições de viajar ao exterior?) e deveriam, em tese, ter melhor compreensão do certo e do errado. Mas não! Movidos por falsa sensação de impunidade (rico pode tudo), acreditam estar com a mais absoluta razão em ofender outro ser humano, de maneira gratuita, simplesmente porque o outro está ali e, por algum motivo, desagrada parte dessa elite.

Incentivados por um discurso de ódio e intolerância que tomou conta do Brasil e do mundo, nos últimos anos, tais extremistas apelam para a violência, seja virtual, deveras presente nas redes sociais,seja física.

Depois, quando cai a ficha, não assumem seus atos tresloucados e começam a dar diferentes versões dos fatos (ou narrativas diferentes, como está na moda dizer). Mas, graças à tecnologia, sempre há uma câmera ou um celular filmando estas ações, por vezes gravadas pelos próprios autores, que se julgam acima do bem e do mal.

Neste caso específico da agressão ao Ministro, a Polícia Federal está investigando e já requisitou as imagens do Aeroporto. Essas imagens poderão confirmar se realmente o filho adolescente do Ministro foi agredido por empresário paulista de 70 anos.

O mais triste de tudo isso é perceber que talvez haja uma parcela que considere normal a atitude dos agressores. Para estas pessoas, a eleição não acabou. Continuam em campanha e parecem torcer para que o governo dê “com os burros na água”. Parecem não se importar se a maioria da população for prejudicada. Falta empatia. Será que se essas pessoas provassem de seu próprio veneno e fossem ofendidas e ameaçadas, simplesmente por serem quem são, ainda achariam normal sair por aí, coagindo os outros? Será que ainda considerariam a truculência como liberdade de expressão? Mais empatia e bom senso! Afinal, somos todos brasileiros!

Fonte: https://g1.globo.com

 

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