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Especial - Boituva

Boituva: 86 anos de desenvolvimento, acolhimento e aventura

Em meio a um notável crescimento econômico e turístico, o município comemora seu aniversário no dia 06 de setembro

 

Desde a sua fundação em 1937, a charmosa cidade iniciou sua história com uma população modesta; tem se transformado em um centro de referência, não só pela sua história, mas também, pela capacidade de acolhimento, produção agrícola e pecuária e pela emocionante aventura que a cidade oferece. O município é reconhecido como a "Capital Nacional do Paraquedismo e do Balonismo", atraindo a atenção de pessoas de todo o mundo. No entanto, o grande impulso para o desenvolvimento de Boituva veio de sua natureza acolhedora e de sua ascensão como uma das capitais mundiais da aventura.

Crescimento Contínuo

Em constante ascensão, atualmente com uma população estimada em 61.081(último censo de 2022) habitantes, Boituva destaca-se como exemplo de desenvolvimento bem-sucedido, onde a visão dos fundadores e o empreendedorismo contemporâneo desempenharam papéis cruciais.

Desde sua emancipação, Boituva tem trilhado um percurso de crescimento constante e progresso. O que um dia foi uma pequena localidade rural, hoje é um polo urbano próspero e vibrante. Tal progresso é um testemunho da dedicação e do trabalho árduo dos seus fundadores, que lançaram as bases para a cidade que conhecemos hoje. O município tem atraído investimentos e empreendedores inteligentes, que perceberam o potencial da região, impulsionando a economia local e criando novas oportunidades de emprego.

A Capital da Aventura

Boituva conquistou seu lugar no cenário global, como a "Capital Nacional do Paraquedismo e do Balonismo", atraindo a atenção tanto de brasileiros quanto de estrangeiros. A cidade é um marco para entusiastas de esportes radicais e amantes da aventura, atraindo milhares de visitantes, todos os anos. Com céus amplos e panorâmicos, é o local ideal para saltos de paraquedas e voos de balão, oferecendo experiências únicas e inesquecíveis para todos aqueles que buscam ativar a adrenalina. Os céus de Boituva são constantemente adornados com coloridos balões e pontos de paraquedistas audaciosos. Não é à toa que, durante os fins de semana, a população local dobra, com a chegada de turistas em busca de emoções e da beleza cênica que os céus boituvenses proporcionam. Essa reputação tem sido um dos principais motores do turismo local, e tem contribuído significativamente para a economia da cidade.

Concentração de Fim de Semana

O espírito acolhedor de Boituva reflete-se no aumento populacional que ocorre durante os fins de semana. Com sua aura de aventura e hospitalidade, a cidade dobra sua população à medida que visitantes de diversas regiões chegam para aproveitar as atrações locais e experimentar a emoção dos esportes aéreos. Esse fenômeno não só enriquece a economia da cidade, mas também promove uma troca cultural enriquecedora entre os moradores locais e os turistas.

Empreendedorismo e Perspectivas

O crescimento sustentável de Boituva não seria possível sem o comprometimento de empresários visionários que acreditaram no potencial da cidade. Ao longo das décadas, esses empreendedores investiram em setores diversos, desde o turismo até o comércio local e infraestrutura. Suas iniciativas têm fortalecido não apenas a economia, mas tem também contribuído para a melhoria da qualidade de vida dos moradores.

À medida que Boituva celebra seus 86 anos, as perspectivas para o futuro permanecem brilhantes. Com um planejamento urbano voltado para a sustentabilidade e o desenvolvimento equilibrado, a cidade busca consolidar ainda mais sua posição como referência nacional e internacional, no segmento de aventura e turismo. A dedicação de seus habitantes e o compromisso de seus líderes garantem que Boituva continuará sendo um exemplo de sucesso para outras localidades, que almejam o progresso, sem perder sua essência. Boituva reafirma sua posição como um lugar onde a tradição abraça a modernidade, onde o acolhimento é uma virtude e a aventura é um estilo de vida. Neste aniversário, a cidade não apenas celebra suas realizações passadas, mas também, olha para frente, pronta para enfrentar os desafios e abraçar as oportunidades que os próximos anos trar-lhes-ão.

Que o futuro promissor da cidade continue a ser moldado por aqueles que reconhecem seu potencial e trabalham incansavelmente para mantê-la com um destino vibrante, próspero e acolhedor!

Um pouco de história: evolução impulsionada pela diversidade étnica

O nome de Boituva significa (Boi = cobra, Tuva = muita) e remonta aos tempos longínquos, no século XIX, quando a região era habitada por tribos indígenas Guaianazes e Carijós, nas proximidades de Porto Feliz e Sorocaba. Esses povos poderiam denominar o local de M-Boituva, traduzido como "muitas cobras" em Tupi Guarani, devido à abundância de serpentes secretas. Entre as cidades de Sorocaba e Porto Feliz, Boituva prosperou, em meio às suas belas colinas e clima ameno, destacando-se como área livre de enchentes.

Cultivos de tubérculos, milho e algodão ocorriam, porém, a presença de cobras limitava a concentração indígena. A região tornou-se ponto de conexão entre as cidades vizinhas, instalada como elo entre Sorocaba e Porto Feliz. Durante o século XIX, Porto Feliz transformou-se em um ponto crucial de expedições em busca de ouro, enquanto Sorocaba abrigava uma população estimada em 25 mil habitantes.

Nesse cenário, Boituva ganhava forma, com bairros como Corumbá, Pinhal, Sítio Grande e Pau D'alho, habitados por viajantes, tropeiros e comerciantes. As propriedades foram doadas, como as sesmarias a José de Campos Bicudo e João Fernandes Maciel. A cidade começou a ser moldada, mas foi João Leite quem, ao conhecer os planos da Sorocabana, garantiu a instalação da estação ferroviária, em 1882.

Com a chegada da ferrovia, Boituva viu sua produção agrícola prosperar, impulsionada pelo acesso facilitado ao mercado. Novas famílias imigrantes, como italianos, portugueses, austríacos, sírios e libaneses, estabeleceram-se, trazendo suas tradições e costumes. Os ciclos produtivos sucederam-se, incluindo cultivos de algodão, alfafa, café e, notavelmente, o abacaxi, reconhecido internacionalmente.

Essa diversidade étnica moldou a cultura de Boituva, enriquecendo sua gastronomia, arte e economia. A cidade celebra suas tradições até hoje, consolidando sua identidade como um povo vencedor, cujo sucesso e criatividade são reflexos das marcas deixadas pela colonização. A saga de Boituva é a história de um local que evoluiu com respeito às suas raízes, nutrindo o legado de diversas comunidades que ajudaram a construir seu caminho rumo ao progresso.

Boituva: conhecida como “Águia da Castelo”

Todo boituvense já se perguntou, em algum momento da vida, o porquê de a cidade é chamada de Águia da Castelo. Inclusive, incluída no Hino Municipal (escrita pelo músico e compositor Roberto Rosendo de Camargo (1941 – 2021), nascido em Santo Anastácio, no interior do Estado de São Paulo, porém morador na cidade de Tatuí.

“Águia da Castelo” é, na verdade, um codinome, uma espécie de apelido para o município.

Há quem diga que a origem mais óbvia de Boituva ser conhecida como “Águia da Castelo” dever-se ao fato de que, em 1968, a rodovia Castelo Branco foi instalada entre São Paulo e Torre de Pedra, o que acabou beneficiando muito a cidade.

Popularmente, dizia-se que, da rodovia, Boituva parecia uma águia, com as luzes nos postes simulando as "asas abertas" da ÁGUIA DA CASTELO.

O que pouca gente sabe é que, no fim, o “apelido” foi escolhido por meio de um concurso realizado pela prefeitura municipal, devido a toda animação. De acordo com a iniciativa, a população ficou responsável por votar entre as opções disponíveis e definir, de fato, qual seria o codinome. O mais votado, “Águia da Castelo” foi a sugestão de Cesídio Primo (filho do 9º prefeito eleito de Boituva, Ricieri Primo), professor muito conhecido e querido na época.

Parte das informações aqui escritas foram tiradas do livro “Boituva, A Águia da Castelo”, de João Castilho e do site da prefeitura de Boituva.

Assim, a história de Boituva é um testemunho da sinergia entre as tradições culturais e o desenvolvimento, refletindo em sua cultura vibrante e no espírito empreendedor da comunidade.

Parabéns, Boituva, pelos seus 86 anos!!!

 

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