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Fala Dr. - Toxoplasmose

Toxoplasmose

Uma análise abrangente das implicações clínicas e estratégias de prevenção desse mal que afeta um terço da população brasileira

 

Segundo dados do Instituto Adolfo Lutz, reconhecido pelo Ministério da Saúde como referência nacional em Saúde Pública, a toxoplasmose atinge uma em cada três pessoas no Brasil. Transmitida principalmente por água ou alimentos contaminados pelo parasita Toxoplasma gondii, esta enfermidade, muitas vezes silenciosa, merece atenção devido às suas implicações clínicas e à necessidade de estratégias preventivas eficazes.

A toxoplasmose, conhecida popularmente como a "doença do gato", é causada pelo parasita Toxoplasma gondii (T. gondii). Este microrganismo está presente principalmente nas fezes de felinos, além de ser encontrado em água contaminada e carne malcozida, como a de porco ou cordeiro infectada pelo parasita. Embora a infecção seja frequentemente assintomática, pode manifestar-se clinicamente de forma severa em indivíduos com sistema imunológico comprometido ou em recém-nascidos cujas mães foram infectadas durante a gestação.

A transmissão da toxoplasmose ocorre principalmente pela ingestão de alimentos contaminados com os cistos parasitários ou pelo contato direto com as fezes de gatos infectados. Além disso, a infecção pode ser transmitida da mãe para o feto durante a gravidez, especialmente quando a doença não é diagnosticada precocemente ou quando o tratamento adequado não é instituído.

Apesar da frequente ausência de sintomas, é fundamental identificar e tratar eficazmente a toxoplasmose sob supervisão médica para prevenir complicações potenciais, como danos oculares, convulsões e até mesmo óbito.

Transmissão e Estratégias de Prevenção

Os gatos contraem a infecção ao ingerir carnes cruas, ratos ou pássaros contaminados, enquanto outros animais se infectam ao consumir pastagens contaminadas pelas fezes. O contágio indireto ocorre pela ingestão de carne contaminada, como a de gado e porco, quando consumida malpassada. Já o contágio direto pode ocorrer pela inalação do parasita presente no solo, alimentos, fezes e contato com gatos, pombos e roedores. A doença também pode ser transmitida por transfusão de sangue e transplante de órgãos.

A toxoplasmose é majoritariamente transmitida pela ingestão de água ou alimentos contaminados, como carne malcozida ou crua. O manuseio de fezes de gatos infectados também representa uma via de transmissão significativa. Medidas preventivas incluem o consumo de água potável e adequadamente tratada, a cocção adequada de alimentos, a higienização minuciosa de utensílios de cozinha e o uso de luvas e máscaras ao lidar com as fezes de gatos.

Diagnóstico e Classificação

O diagnóstico da toxoplasmose é estabelecido por meio da avaliação clínica e de exames de sangue que detectam a presença de anticorpos IgG e IgM produzidos em resposta à infecção. Mulheres grávidas com resultado positivo podem ser submetidas a uma amniocentese para confirmar a transmissão para o feto. Quanto à classificação da doença, distintos tipos são identificados de acordo com os órgãos afetados pelo parasita:

Toxoplasmose ocular: acomete os olhos, podendo ocasionar inflamação na retina e eventual cegueira.

Toxoplasmose congênita: resulta da transmissão da doença da mãe para o feto durante a gestação, podendo acarretar malformações, baixo peso ao nascer e mesmo a morte neonatal.

Toxoplasmose cerebrospinal ou meningoencefálica: mais comum em indivíduos com AIDS, pode causar inflamação no sistema nervoso central, colocando a vida em risco.

Tratamento e Prognóstico

O tratamento da toxoplasmose consiste no uso de medicamentos antiparasitários, geralmente à base de pirimetamina, sulfadiazina e ácido fólico. Gestantes podem necessitar de abordagens terapêuticas específicas, como a espiramicina, dependendo do estágio da gravidez. A identificação precoce e o manejo adequado da doença são cruciais para prevenir complicações graves e assegurar um prognóstico favorável.

Conclusão

Embora muitas vezes silenciosa, a toxoplasmose pode apresentar desfechos adversos significativos, especialmente em grupos vulneráveis como gestantes e imunossuprimidos. Uma abordagem multidisciplinar, envolvendo educação em saúde, medidas preventivas e intervenção médica oportuna, é fundamental para mitigar o impacto dessa doença complexa e multifacetada.

Observação: Portanto, o acompanhamento médico e utilizar medicamento de acordo com a prescrição do profissional é crucial!

Fonte: http://www.ial.sp.gov.br/

 

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