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Dicas - E-fuel

E-fuel: a gasolina revolucionária da Porsche

Empresa busca alternativa para combustíveis fósseis e, ainda por cima, salvar os motores a combustão

 

Você já se imaginou ao volante de um Porsche? Certamente, a maioria dos motoristas já sonhou dirigir um dos carros de uma das mais famosas e tradicionais marcas da indústria automobilística.

Agora, dirigir um Porsche movido a gasolina sintética, que não vem do petróleo, mas usa a água como base, é, sem dúvida, um sonho ecologicamente correto.

A montadora é sócia de uma holding que desenvolve projetos de combustíveis sintéticos. A Porsche quer sair na frente neste assunto, e garantir mais alguns anos de vida aos motores à combustão. A empresa garante, inclusive, que a octanagem do combustível sintético é igual, por exemplo, à da gasolina usada na Europa. A Porsche ressalta, ainda, que usa energia solar ou eólica para produzir esse combustível sintético, em uma plataforma no sul do Chile, através de processo de dessalinização da água do mar. Ou seja: não usa água potável.

Em abril, a Porsche recebeu jornalistas na plataforma chilena para apresentar o combustível produzido à base de água. E, no começo de maio, fez demonstrações pelas ruas de São Paulo, abastecendo seus carros com o combustível sintético e possibilitando que os veículos fossem conduzidos e avaliados por jornalistas.

A avaliação geral é de que não há diferença na maneira de condução, e as médias de consumo estão um pouco abaixo do uso de combustível fóssil. Lembrando que os carros da montadora usam gasolina Premium. Outro ponto positivo é a redução na emissão de gases poluentes, de acordo com a Porsche. Além disso, o combustível à base de água é uma opção para quem ainda não aposta nos carros 100% elétricos.

Como é feita a gasolina

A 'gasolina sem petróleo', batizada pela marca de e-fuel, possui como matéria-prima hidrogênio e dióxido de carbono – um dos maiores causadores do efeito estufa. No processo, a energia eólica divide os dois componentes básicos da água (oxigênio e hidrogênio). Depois, o CO2 é capturado do ar e filtrado para a obtenção do dióxido de carbono, que é combinado com hidrogênio para produzir metanol sintético, usado como base para a produção de gasolina, querosene e diesel sintéticos.

Por ser líquido, o combustível produzido pode aproveitar a infraestrutura atual de abastecimento e não exige alterações nos motores que utilizam a versão fóssil da gasolina ou diesel. Como se vê, é a Porsche tentando garantir que seus aficionados ainda ouçam, por algum tempo, a sinfonia que é o ronco de seus motores.

 

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